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ACADEMIA CATARINENSE DEMOLAY DE LETRAS - ACDL

ORGANIZAÇÃO
A ACDL é uma Academia Estadual DeMolay de Letras, isto é, à semelhança da Academia Brasileira DeMolay de Letras (ABDL), é uma organização independente, afiliada à uma instituição (GCE-SC) e visa fomentar a arte, cultura e literatura na Ordem DeMolay catarinense. As Academias Estaduais são regulamentadas pela ABDL nos quesitos de criação, organização e funcionamento e esta é supervisionada pelo Supremo Conselho DeMolay Brasil.

Internamente, a ACDL é coordenada pela Diretoria, que é trocada anualmente, e é composta pelo Presidente e pelo Diretor-Secretário. O Presidente, que deve ser um Membro Imortal, é o responsável direto pela gestão e organização da Academia. O Diretor-Secretário, que pode ou não ser um Membro Imortal, deve auxiliar em todas as pendências administrativas e é, tradicionalmente, o coordenador do projeto “Semanas Literárias”.

Os Membros Imortais da ACDL também a compõem e possuem a tarefa de incentivar a cultura, escrita e literatura aonde forem. Eles são os autores dos textos que se destacaram em cada edição do Concurso Estadual Literário.

Por fim, tem-se os dois Fundadores da Academia, os Irmãos Maykel Dassi e João Vitor Assmann Fontana, que foram os principais responsáveis pela fundação e instalação de uma Academia Estadual DeMolay de Letras em Santa Catarina.

 
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PROJETOS
Projetos desenvolvidos -

Em vista de corroborar para o desenvolvimento da cultura na Ordem DeMolay de Santa Catarina, a ACDL desenvolve, anualmente, três projetos, o Concurso Estadual Literário, que é realizado desde a fundação da Academia, em 2017; o Semanas Literárias, criado em 2021; e o Concurso Estadual de Desenho da Ordem dos Escudeiros, criado em 2023.

Concurso Estadual Literário -

Projeto que move a Academia Catarinense DeMolay de Letras, tem como principal objetivo determinar dois novos Imortais a cada gestão. O Concurso é destinado a todos os DeMolays Ativos e Seniores DeMolays regulares filiados ao GCE-SC e tem duração média de um mês.

Os participantes devem enviar um texto que se adeque às normas da Edição, determinadas no Edital. O(s) tema(s) proposto(s) pode(m) ser de qualquer cunho, especialmente filosófico e, de praxe, possuem uma temática relacionada à Ordem DeMolay.

Todos os textos que cumprem as normas do Edital são avaliados pelos Imortais da Academia, e o texto com a maior média das notas é considerado o vencedor em sua categoria (Ativo ou Sênior). Os vencedores de cada edição são anunciados no Congresso Estadual e são consagrados como os dois novos Imortais da Academia Catarinense DeMolay de Letras.




Semanas Literárias -

Este projeto, criado em 2021, ocorre em parte do ano e tem duração de uma semana em cada mês que ocorre. Originalmente focado em poemas, foi alterado, de forma que outros gêneros foram inseridos em sua estrutura.

Com vistas a não ser muito trabalhoso para os participantes, os textos que devem ser enviados são mais curtos que aqueles enviados ao Concurso Estadual e possuem temas mais simplificados e com uma grande gama de áreas a serem exploradas.

Coordenado pelo Diretor-Secretário da Academia e julgado pela Comissão Lírica, a adesão dos DeMolays Ativos ou Seniores e dos Tios Maçons assegurou que o projeto fosse incorporado à ACDL.

Você pode acessar o Edital do ano de 2023 através do botão abaixo



Concurso Estadual de Desenho da Ordem dos Escudeiros -

Estreante no rol de projetos da ACDL, o Concurso Estadual de Desenho da Ordem dos Escudeiros visa dar atenção e estímulo aos Escudeiros de Santa Catarina, dada a raridade de projetos do gênero voltados a este público.

O Projeto consiste em uma competição de desenhos manuais, que devem ser confeccionados pelos Escudeiros e orbitar um tema pré-definido no Edital. Os desenhos são feitos pelos Escudeiros, digitalizados e enviados por e-mail pelo Preceptor do Castelo e avaliados pela Diretoria da Academia e pelo Assessor do Projeto.

Após as avaliações, o autor do desenho que obtiver a melhor nota de acordo com os critérios estabelecidos é declarado o Vencedor da Edição, sendo o anúncio feito durante a realização do Congresso Estadual.


Você pode acessar o Edital deste projeto através do botão abaixo
HISTÓRIA
História da Academia -

A primeira ideia de fundar uma Academia Estadual DeMolay de Letras ocorreu sob a gestão do Irmão Bruno Marcelino de Albuquerque como Mestre Conselheiro Estadual de Santa Catarina, em 29 de dezembro de 2009. À época, chegou a ser fundada, com o nome de Academia DeMolay Catarinense de Letras (ADCL), e foram publicados dois Editais sobre a Academia, um referente ao primeiro Concurso e à sua fundação, e outro, referente a um concurso de desenho para confeccionar um brasão. Infelizmente, a ADCL não chegou a ser instalada por falta de adesão aos projetos apresentados.

Mais tarde, em 25 de janeiro de 2017, o Gabinete Estadual de Santa Catarina, que tinha Maykel Dassi como Mestre Conselheiro Estadual e Matheus Schlickmann como Mestre Conselheiro Estadual Adjunto, publicou um Edital que dispunha sobre o “Concurso Cultural da Academia Estadual DeMolay de Letras de Santa Catarina”, que teria início em 01 de fevereiro de 2017 e se findaria em 01 de setembro do mesmo ano.

O Concurso teve seu resultado divulgado no dia 15 de outubro de 2017, durante o Congresso Estadual, em Chapecó. O projeto consagrou o Irmão Norton Martin Reichert Trennepohl como titular da I Cadeira Imortal e marcou a instalação do primeiro membro da Academia. A organização foi inicialmente chefiada pelo Irmão João Vitor Assmann Fontana, que foi sucedido pelo Irmão Norton Martin.

Originalmente, o nome proposto foi Academia Estadual DeMolay de Letras/SC, porém o nome “Academia Catarinense DeMolay de Letras” foi adotado por sugestão do Irmão Victor Leduc Machado, Grande Orador Estadual, à época.

Nos anos seguintes a Academia funcionou de forma semelhante, passando por alterações após o segundo Edital do Concurso Cultural, que criou duas categorias diferentes: uma destinada a DeMolays Ativos e outra a Seniores DeMolay. Porém, em 2020 o Gabinete Estadual, acreditando no potencial de crescimento da Academia, dedicou-se a reformular o modo como ela operava.

Assim, os Irmãos Lucas Bundyra, Secretário-Geral do Gabinete, e Arthur Ogliari, Coordenador da Academia, ocuparam-se em reestruturar a Instituição. Em 10 de janeiro de 2021 foi publicado o Ato nº. 004 - 2020/2021, do GE-SC, que reestruturou a Academia Catarinense DeMolay de Letras (ACDL) da maneira que conhecemos hoje.

O ato instituiu a estrutura da ACDL em âmbito estadual, dispondo acerca da sua composição administrativa, criando os cargos de Presidente e Diretor-Secretário, adotando o lema “Ad Intellectualitatis”. Além disso, nomeou os Fundadores, Membros Imortais, suas Cadeiras e respectivos Patronos.

No mesmo ano, a ACDL ganhou o título de Academia de Ouro, a melhor Academia DeMolay de Letras do país. No ano seguinte, em 2022, como exemplar desempenho de suas atividades, a Academia Catarinense DeMolay de Letras conquistou novamente o título,  sendo, até o momento, a única ganhadora do projeto.

 
IMORTAIS DA ACADEMIA
Norton Martin Reichert Trennepohl - 1ª Cadeira Imortal

Norton Martin Reichert Trennepohl - 1ª Cadeira Imortal

Capítulo

Raízes da Fronteira nº 93

ID

48227

Cidade Atual

Joinville/SC

Patrono

Celestino Sachet

Nascido em 1930 em Nova Veneza (SC), é filho de Antônio Sachet e Madalena Bratti Sachet. Concluiu o Ensino Primário em Urussanga e o Ginasial e Científico no Colégio Catarinense, em Florianópolis. Seus estudos universitários foram extensos, frequentou e concluiu cursos na Faculdade de Direito e na Faculdade Catarinense de Filosofia, Ciências e Letras, ainda em Florianópolis. Especializou-se em Leuven (Bélgica), fez um Doutorado no México e um Pós-Doutorado em Açores (Portugal).

Celestino lecionou Letras na Universidade Federal de Santa Catarina e Filosofia da Educação na Universidade do Estado. Nesta, ocupou a função de Reitor durante seis anos. Ainda, lecionou como professor-visitante na Universidade Nacional de Formosa (Argentina) e na Universidade dos Açores. Seu primeiro ofício como escritor foi como cronista em um jornal, logo, começou a escrever livros e textos para a televisão.

Suas principais obras são: “Antologia dos Autores Catarinenses” (1969); “A Literatura de Santa Catarina” (1979); “A Literatura Catarinense” (1985); e “A Literatura dos Catarinenses - Espaços e Caminhos de uma Identidade”, que relata uma pesquisa sobre a literatura de ficção de cerca de 1600 autores e obras publicadas desde 1847, a partir de “Assembleia das Aves” de Marcelino Antônio Dutra, considerada a primeira obra de um autor catarinense.

Atualmente, Celestino Sachet leciona na Universidade do Vale do Itajaí e é o titular da 15ª Cadeira da Academia Catarinense de Letras e acadêmico correspondente da Academia Joinvilense de Letras.

Ademir José Zimmermann Júnior - 2ª Cadeira Imortal

Ademir José Zimmermann Júnior - 2ª Cadeira Imortal

Capítulo

Raízes da Fronteira nº 93

ID

41932

Cidade Atual

Francisco Beltrão/PR

Patrono

Álvaro Augusto de Carvalho

Natural de Desterro (atual Florianópolis), nascido em 1829 e filho de Florinda Luiza de Carvalho e Luís José de Carvalho, Álvaro Augusto de Carvalho era um pescador, mas tinha o objetivo de entrar e fazer carreira na Marinha do Império.

Em uma época em que Desterro fervia de peças teatrais e musicais, ele escreveu seu primeiro texto “Pedro Martelli” em 1853, aos 24 anos. O drama foi elaborado em quatro atos e um prólogo, editado pela Tipografia Catarinense. Após este texto, Álvaro escreveu também “Uma Moça de Juízo” e “Raimundo”, que foram encenados apenas após a sua morte precoce.

Paralelamente, Álvaro seguia sua carreira militar. Após sua graduação na Academia da Marinha, no Rio de Janeiro, ele serviu vários navios que trafegavam pelo litoral brasileiro e pelo Rio da Prata, até retornar a Santa Catarina e atuar na Companhia de Aprendizes Marinheiros. Quando tinha 36 anos, a Guerra do Paraguai irrompeu e ele assumiu o comando da canhoneira Ypiranga, que participou da batalha do Riachuelo, uma das mais famosas da guerra.

Álvaro de Carvalho, mesmo durante o período, produziu relatos e documentos em que narrava a ação da artilharia inimiga metralhando a esquadra brasileira. Na corte, escreveu artigos contrários à pena de morte e que versavam sobre a vida no mar.

Ele morreu em cinco de setembro de 1865, afetado pela febre tifóide, contraída na Guerra. Álvaro Augusto de Carvalho é o Patrono da Primeira Cadeira da Academia Catarinense de Letras.

Nícola Hilário Martins - 3ª Cadeira Imortal

Nícola Hilário Martins - 3ª Cadeira Imortal

Capítulo

Criciúma n° 125

ID

13907

Cidade Atual

Criciúma/SC

Patrono

Antero dos Reis Dutra

Sobre Antero dos Reis Dutra não se encontram muitas informações, mas sabe-se que é natural de Desterro (atual Florianópolis) e nascido em 06 de janeiro de 1835, filho de Marcelino Antônio Dutra, que foi professor, promotor, poeta, jornalista polemista e político e é considerado o primeiro catarinense a publicar um livro.

Antero foi um poeta, casado com Januária Maria da Conceição e suas principais obras são “Miscelânea”, um compilado de poemas, feito em 1898 e “Brinquedos de Cupido”, escrita também em 1898 e que, até hoje, é base para inúmeros projetos de pesquisa de construção linguística de época.

Arthur Ogliari Lana - 4ª Cadeira Imortal

Arthur Ogliari Lana - 4ª Cadeira Imortal

Capítulo

Vale das Acácias nº 736

ID

45212

Cidade Atual

Perugia (PG), Itália

Patrono

Ana Luísa de Azevedo Castro

Ana Luísa nasceu em São Francisco do Sul, em 1823 e, apesar de não se ter muitas informações sobre sua vida pessoal, sabe-se que passou grande parte de sua vida no Rio de Janeiro, onde pôde trabalhar como professora e diretora de um colégio feminino. Ela também escrevia para o jornal fluminense “A Marmota”.

Como escritora, produziu alguns discursos, como “Alegoria ao Sete de Setembro”, lido na Sociedade Ensaios Literários, em 07 de setembro de 1866, e “Discurso”, também de 1866. Seu único livro, “D. Narcisa de Villar: legenda do tempo colonial pela Indígena do Ipiranga”, é considerado o primeiro romance produzido por uma autora catarinense.

O romance retrata a história de D. Narcisa, uma portuguesa que veio ao Brasil morar com seus irmãos, após a morte de sua mãe. Narcisa é criada em grande contato com os indígenas Efigênia e seu filho, Leonardo, o que a faz ter uma visão social divergente da dos irmãos, que querem que ela se case com um fidalgo português.

O livro possui trechos que são considerados críticas que não poderiam ser feitas à época, ainda mais por uma mulher. Ana Luísa morreu em 1869, aos 46 anos, no Rio de Janeiro, mas não sem antes deixar seu legado na escrita brasileira, catarinense e sua contribuição às mulheres do período, no formato de um livro.

Jackson Matheus Furlanetto  - 5ª Cadeira Imortal

Jackson Matheus Furlanetto - 5ª Cadeira Imortal

Capítulo

Templários da Liberdade nº 980

ID

31635

Cidade Atual

Pinhalzinho/SC

Patrono

Virgílio dos Reis Várzea

O autor é natural da freguesia de São Francisco de Paula de Canasvieiras, em Desterro (atual Florianópolis). Nascido em 06/01/1863, era filho de João Esteves Várzea, Capitão da Marinha, e de Júlia Maria Lemos Alves de Brito, filha de um Major.

Devido ao ofício do pai, Virgílio passou a infância a bordo de navios e viajou por inúmeros países. Após alguns anos de estudo em Desterro, se mudou para o Rio de Janeiro, onde se dedicou à produção literária.

Quando retornou a Santa Catarina, foi redator de jornais como o “Jornal Comércio”, “O Aprendiz” e “Colombo”. Também ocupou o posto de Oficial de Gabinete (Chefe de Gabinete) de Francisco Luís da Gama Rosa. Além disso, Virgílio exerceu o cargo de Promotor Público em São José (SC), Secretário da Capitania dos Portos e professor no Liceu de Artes e Ofícios de Santa Catarina. Na vida política, foi Deputado Estadual de SC, de 1892 a 1893 e de 1916 a 1918.

De volta ao Rio de Janeiro, escreveu para alguns jornais, tais como “O Correio da Manhã”, “A Gazeta de Notícias” e “O Paíz”. Foi indicado a integrar a Academia Brasileira de Letras e é o Patrono da 40ª Cadeira da Academia Catarinense de Letras.

Dentre suas obras, tem-se: “Traços Azuis”; “Tropos e Fantasias” (em parceria com Cruz e Sousa); “George Marcial” e “Santa Catarina: A Ilha”. Esta última é considerada uma de suas principais obras, pois é tida como uma valiosa fonte de informação histórica sobre os usos e costumes do povo ilhéu e sobre as localidades da contemporânea Florianópolis.

João Gabriel Gaspar Ballestero - 6ª Cadeira Imortal

João Gabriel Gaspar Ballestero - 6ª Cadeira Imortal

Capítulo

Luiz Zaguini nº 151

ID

88792

Cidade Atual

Balneário Camboriú/SC

Patrono

João da Cruz e Sousa

Provavelmente o autor catarinense mais conhecido país afora, o Patrono da 15ª Cadeira da Academia Catarinense de Letras nasceu em 24 de novembro de 1861, em Desterro, antigo nome de Florianópolis, e era um negro, filho de escravos alforriados.

Conforme a tradição da sociedade escravista da época, João recebeu sobrenome e “proteção”, firmada no apadrinhamento e na educação formal. Entre 1871 e 1875, frequentou, como bolsista, o Ateneu Provincial Catarinense, instituição voltada à alta sociedade de Desterro. Lá, teve aula com o naturalista Fritz Müller e destacou-se em matemática, francês, latim e grego.

Apesar de sua educação, sofria preconceito por conta de sua cor. Junto a uma companhia dramática, viajou de Porto Alegre a São Luís, compreendendo melhor a situação dos negros nos anos finais da escravidão. Toda sua vivência o inspirou a entrar para o movimento abolicionista, e sociedades baianas, como a Libertadora Baiana e Luiz Gama o receberam durante sua ida ao estado.

Cruz e Sousa, com Virgílio Várzea e Santos Losada, fundou o Jornal “O Colombo” e até publicou um livro denominado Tropos e Fantasias, obra em prosa em que se encontram textos contra a escravidão. Em 1890 mudou-se para o Rio de Janeiro, onde publicou diversos artigos-manifestos do simbolismo. Após três anos, publicou suas principais obras: Missal e Broquéis, que são consideradas o marco do início do Simbolismo no Brasil.

João da Cruz e Sousa casou-se com Gavita Rosa Gonçalves e teve quatro filhos, porém a família tinha vários problemas financeiros devido ao pequeno salário de Cruz e Sousa na Estrada de Ferro Central Brasil (EFCB). Em 1897, devido à tuberculose que contraiu em decorrência das condições de trabalho na EFCB, ele deixou seu espólio literário com Nestor Vitor e se mudou para Minas Gerais em busca de melhores condições de saúde. O primeiro poeta simbolista do Brasil faleceu aos 36 anos, em 24 de novembro de 1898.

Após sua morte, publicam-se “Evocações” (que havia deixado pronto); “Faróis” (coletânea organizada por Nestor Vitor) e “Últimos Sonetos”.

Diogo Mendes - 7ª Cadeira Imortal

Diogo Mendes - 7ª Cadeira Imortal

Capítulo

Vale do Itajaí nº 79

ID

74527

Cidade Atual

Blumenau/SC

Patrono

Péricles Luiz Medeiros Prade

Nascido em 07 de maio de 1942, em Arrozeiras, Timbó (SC), atual Rio dos Cedros, o titular da 28ª Cadeira da Academia Catarinense de Letras também foi seu Presidente. Péricles se graduou em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e exerceu por cinco anos o cargo de Juiz Federal em SC, até ser transferido para São Paulo, onde atuou por mais três anos antes de requerer sua exoneração.

Ele possui extensa passagem pelo magistério e já lecionou em diversas universidades, como a PUC/SP; FMU/SP; UnB; UFSC; FURB e UNIVALI. Ministrou disciplinas como Teoria Geral do Estado, Direito Constitucional e Teoria Geral do Direito Civil. Após seu tempo como Juiz Federal, Péricles atuou em um escritório de advocacia até fundar o seu próprio escritório, em 1977, junto a Armando Medeiros Prade, seu irmão.

O autor é membro de diversas instituições, como a Academia Paulista de Direito, Instituto Brasileiro de Direito Constitucional, Ordem dos Advogados do Brasil (Secções de São Paulo e Santa Catarina) e da supracitada Academia Catarinense de Letras.

Suas mais de 70 obras incluem diversos gêneros, tais como poemas, contos e críticas literárias, e abrangem vários ramos do conhecimento, como Direito, Filosofia, História, Sociologia e Literatura. Provavelmente, seu livro mais conhecido é “Os Milagres do Cão Jerônimo”, que possui contos que flertam com o fantástico, e é frequente leitura obrigatória para os vestibulares em Santa Catarina.

João Pedro de Jesus Lopes Brüsch - 8ª Cadeira Imortal

João Pedro de Jesus Lopes Brüsch - 8ª Cadeira Imortal

Capítulo

Luiz Zaguini nº 151

ID

85102

Cidade Atual

Camboriú/SC

Patrono

Cláudio Luís da Costa

Nascido em Nossa Senhora do Desterro, hoje Florianópolis, em 28 de setembro de 1798, o médico (parteiro e cirurgião) foi um grande filantropo em seus tempos. O filho do Sargento-Mor João Inácio da Costa e de D. Maria Joaquina Bitencourt se formou na Escola Médico-Cirúrgica da Corte, no Rio de Janeiro, em 1817, e recebeu o grau de Doutor em Medicina em 1849.

Após sua graduação, mudou-se para a Bahia, onde prestou relevantes serviços na Guerra da Independência como Cirurgião-Mor de batalhão. De volta ao Rio de Janeiro, foi transferido no mesmo posto para o de polícia até 1839. Ao fim do seu período na Corte, mudou-se para Santos (SP), onde, além de prestar relevantes serviços à Santa Casa, reservava duas horas de seu dia para atender aos mais necessitados.

De volta ao Rio de Janeiro, atuou como diretor-geral do Instituto Imperial dos Meninos Cegos (hoje Instituto Benjamin Constant), onde possibilitou diversas melhorias na estrutura da instituição. Cláudio também foi eleito membro titular da Academia Imperial, a Academia Nacional de Medicina, além de pertencer à Ordem do Cruzeiro, ser Cavaleiro da Ordem de Cristo e Sócio do Instituto Histórico Geográfico Brasileiro.

No campo literário, o Patrono da Cadeira 4 da Academia Catarinense de Letras produziu diversas obras de relevância histórica e médica. Dentre seus escritos, estão “Memória Helmintológica Suscitada pela Observação da Expulsão de uma Tênia Cucurbitina Promovida pelo Tratamento Anti-Irritativo”; “Causas de Infecção da Atmosfera de Corte” e “ Memória Descritiva dos Atentados da Facção Demagógica da Província da Bahia”.

Guilherme Aleandro Campestrini - 9ª Cadeira Imortal

Guilherme Aleandro Campestrini - 9ª Cadeira Imortal

Capítulo

Vale das Acácias nº 736

ID

27894

Cidade Atual

Itajaí/SC

Patrono

Crispim Mira

Filho de Crispim Antônio de Oliveira Mira e de Rosa Amália Gomes de Oliveira Mira, o Patrono da 5ª Cadeira da Academia Catarinense de Letras nasceu em setembro de 1880, na Colônia Dona Francisca, em Joinville. Ainda no final do Século XIX, o jovem Crispim começou a escrever para a “Gazeta de Joinville”, periódico de Eduardo Schwartz. Após algum tempo, o jornalista se mudou para Florianópolis, onde exerceu o cargo de Chefe de Redação da “Gazeta Catharinense”.

Pouco tempo depois, fundou o próprio jornal, o “Folha do Commercio”, em que demonstrou sua tendência a escrever sobre temas polêmicos. Em 1912, com a origem da Guerra do Contestado, propôs a ideia de um acordo direto entre Santa Catarina e Paraná, o que acabou acontecendo, porém apenas quatro anos depois, em 1916. Até o final da Questão dos Limites, Crispim escrevia sobre ela e, ao seu fim, reuniu as informações no livro “Confraternização Republicana”.

Após a Questão, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde contribuiu para jornais como “Cidade do Rio”, “Correio da Manhã” e “Jornal do Commercio”. Entre 1922 e 1926 voltou a morar em Joinville, onde atuava como advogado. Quando voltou a Florianópolis, fundou o “Folha Nova”, periódico onde publicava artigos que questionavam as ações do Departamento de Obras de Melhoramento dos Portos. Sua insistência no assunto era grande, tanto que chegou a acusar o chefe do Departamento de nepotismo e de fazer uso indevido do dinheiro público.

Por seus artigos, Crispim foi afrontado pelo Departamento, que exigiu uma retratação ou um duelo, ao que Mira respondeu “minha arma é a pena”. Algum tempo depois, no dia 17 de fevereiro de 1927, o filho do chefe do Departamento e mais três homens foram ao jornal e deram um tiro na garganta de Crispim, este, após 16 dias, acabou por falecer em decorrência de uma infecção generalizada no ferimento.

Sua morte comoveu toda a cidade. O comércio fechou mais cedo, os cinemas não abriram e cerca de 10 mil pessoas compareceram ao cortejo. O Patrono da Cadeira 10 da Academia Joinvilense de Letras deixou 14 livros publicados, dentre eles: “O Município de Joinville”; “Os Alemães no Brasil”; “Confraternização Republicana” e “Terra Catarinense”.

Gustavo Souza Jeremias - 10ª Cadeira Imortal

Gustavo Souza Jeremias - 10ª Cadeira Imortal

Capítulo

Lages n° 81
Ilha de Santa Catarina n° 184

ID

60997

Cidade Atual

Florianópolis/SC

Patrono

Ildefonso Juvenal da Silva

O Desterrense nasceu em 10 de abril de 1894, filho de Ovídio Medeiros da Silva e de Henriqueta Castro e Silva, aquele alforriado e esta liberta desde o nascimento. Ildefonso usou da educação para superar as dificuldades que afligiam a população negra, alistando-se na Escola de Aprendizes a Marinheiros, em Florianópolis, onde se supõe que tenha aprendido o ofício de tipógrafo.

Sua aptidão para a escrita se apresentou desde cedo. Aos 20 anos, em 1914, publicou seu primeiro livro “Contos Singelos” com recursos próprios, e seu primeiro ofício foi de tipógrafo no “O Estado”. Posteriormente, publicou artigos em diversos periódicos, como “O Azar”; “A Casaca”; “O Acadêmico” e “O Miliciano”.

Em 1924, graduou-se Farmacêutico pelo Instituto Politécnico de Florianópolis e, em 1926, foi posto à disposição para organizar a Farmácia da Força Público (atual Polícia Militar). Manteve-se na Instituição como 2º Tenente Farmacêutico; 1º Tenente; Capitão e por fim, como Major. Ildefonso escreveu boa parte do Álbum do Centenário da Força pública, inclusive a crônica de abertura.

Ao longo de 50 anos, publicou 17 obras, dentre essas: “Páginas Simples”; “Painéis”; “Relevos”; “Contos de Natal” e “Teatro”. Foi um importante membro da comunidade, sendo membro da Associação dos Homens de Cor, Centro Catarinense de Letras e Associação dos Farmacêuticos de Santa Catarina. O escritor também foi membro correspondente de Academias de Letras do Rio Grande do Sul e do Paraná.

Ildefonso Juvenal se casou com Ana Gomes da Silva, de cujo relacionamento nasceram três filhos. Ele faleceu em 09 de março de 1965, aos 70 anos.

André Peressoni Bernard - 11ª Cadeira Imortal

André Peressoni Bernard - 11ª Cadeira Imortal

Capítulo

Florianópolis n° 76

ID

75629

Cidade Atual

Florianópolis/SC

Patrono

Nereu Correia de Sousa

Nascido em 18 de julho de 1914, em Tubarão (SC), Nereu começou a escrever para “A Imprensa de Tubarão” aos 17 anos e, até os 18, trabalhou com seu pai no comércio. Ele escreveu, ainda, para diversos outros jornais, como “O Estado de São Paulo” e “Correio do Povo” (Porto Alegre), reconhecidos nacionalmente.

Exerceu também o ofício de professor catedrático de Língua Portuguesa e de Literatura no Instituto Estadual de Educação, durante 16 anos de sua vida. Ainda neste campo, redigiu estudos sobre Euclides da Cunha, Cruz e Sousa, Luiz Delfino, Paulo Setúbal entre outros. Além disso, em 1936 prestou concurso para o Banco Indústria e Comércio de Santa Catarina (Banco INCO), onde trabalhou até 1951.

Durante o governo de Irineu Bornhausen, foi seu secretário particular e, posteriormente, um dos 7 primeiros juízes do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina (TCE/SC), empossado em 27 de janeiro de 1956. Além disso, foi presidente da instituição entre 02 de janeiro de 1962 e o mesmo dia de 1964.

Como escritor, publicou obras como “Temas de Nosso Tempo”; “O Canto do Cisne Negro”; “Democracia, Educação e Liberdade”; “A Palavra”; e “Vitrais do Tempo”. Devido ao seu rol de publicações, foi membro da Academia Catarinense de Letras, fundador da 40ª Cadeira e seu presidente em 1965, além de ser membro do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina, Academia Mineira de Letras, Academia Carioca de Letras e Academia Paulista de Letras, como correspondente. Nereu também pertenceu ao Conselho Estadual de Cultura. Faleceu em 1992, em Florianópolis.

CONTATO
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